segunda-feira, 21 de julho de 2008

Canto Boêmio

Em instantes abertos na vida,
entra de leve a saudade;
no copo falta bebida,
à mesa, a presença amiga.

Alguns pensamentos viajam,
outros ocupam o travesseiro.
A imaginação voa alto
com olhos fitos no além.

O poeta, louco a lembrar,
sofre saudade de alguém,
desejando encontrar o amor
que ora não tem.

O bêbado, atordoado a cantar,
cumprimenta o vento passante,
sorri feito menino,
lembrando-se de outrora.

Junto ao poste, canta à lua.
Relembra a amada nua,
mal sabendo o que um dia
foi momento de fantasia...

Ana Suely Pinho Lopes (Brasília - DF)

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